
Joselina da Silva
Graduada em Letras com especialização em Sociologia Urbana, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1996, onde realizou um estudo sobre um dos lugares de organização do movimento negro no Brasil. Em 2001 conclui o mestrado em Ciências Sociais, com a dissertação Lugar de negros no plural. E ainda pela UERJ defende a tese, no ano de 2005, União dos Homens de Cor: uma rede do Movimento Negro após o Estado Novo.
Atualmente é Pós doutoranda pela Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Atuou como professora na Universidade Federal do Cariri (UFCA), no curso de Biblioteconomia, nível de graduação dos anos de 2013 a 2015, exercendo cargo de diretoria na mesma instituição. Também foi professora na Universidade Federal do Ceará, nos níveis de graduação (2006-2013), especialização, pós-graduação desde o ano de 2007 mantendo o vínculo até hoje. Também atuou na Fundação Cultural Palmares (2014-2015) e no Centro de Estudos Afro Brasileiros (1999-2005), e atualmente é professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, tendo ingressado no ano de 2015 e coordena N´BLAC (Núcleo Brasileiro, Latino Americano e Caribenho de Estudos em Relações Raciais, Gênero e Movimentos Sociais), certificado pelo CNPQ.
Foi da Professora Joselina que nos veio a ideia e inspiração de trabalharmos com a noção de Baobá Genealógico para construção e visualização das redes intelectuais/orgânicas das pesquisadoras.
Assim como na narração da sua trajetória de vida e corroborado por fragmentos/dados que recuperamos de seu Currículo Lattes fica evidenciado sua atuação consistente no campo dos estudos étnico-raciais, de gênero e movimentos sociais. Suas linhas de pesquisa concentram-se no estudo das Relações Raciais, Gênero, Movimentos Sociais e Religiões Afro-Brasileiras.
Institucionalmente, é uma das redatoras dos verbetes relacionados à raça, ao racismo e ao movimento negro, na Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe (2006), é integrante do conselho consultivo e da equipe de redação de textos da Enciclopédia Mulheres Negras do Brasil (2007), foi a segunda vice-secretária da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) - 2006 – 2008, tendo também Coordenadora Geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra/CNIRC - Fundação Cultural Palmares (2014).
Observamos sua participação em 10 (dez) projetos de pesquisa, oito deles concluídos e um em andamento, 9 (nove) sendo coordenadora, dentre eles destacamos: “Interseccionalidade entre gênero e raça: o movimento de mulheres negras na américa afro latina (Peru, Uruguai e Argentina)” (2018-2019); “Interseccionalidade entre gênero, raça e educação: trajetórias de professoras doutoras negras atuantes nos departamentos de educação das universidades federais dos estados do Ceará e do Rio de Janeiro” (2016-Atual); “A construção da identidade: um olhar sobre os estudantes negros do curso de biblioteconomia (UFC -CAMPUS CARIRI)” (2012-2015); “As falas das mulheres negras do cariri cearense: um olhar voltado para a preservação de suas memórias” (2011-2015) e “As Bibliotecas e a Implementação do Ensino de História e cultura afro-brasileira - LEI 10639/03” (2009-2011).
Os projetos de extensão contabilizamos 3 (três), 2 (dois) em andamento. Todos os projetos de pesquisa e extensão gravitam em torno das questões étnico-raciais e gênero. Destacamos o “Curso de Extensão Iniciativas Negras Trocando Experiências” que teve início em 2006, quando a professora ainda atuava na Biblioteconomia da UFC Cariri e ainda continua em andamento, em parceria com docentes da UFCA, a exemplo de Maria Cleide Rodrigues Bernardino.
A produção bibliográfica compreende em: artigos completos em periódicos (32), livros publicados/organizados ou edições (7), capítulos de livros publicados (20), textos em jornais de notícias/revistas (2), trabalhos completos publicados em anais de congressos (20), resumos expandidos publicados em anais de congressos (6), resumos publicados em anais de congressos (17), apresentações de trabalho e outras produções bibliográficas (54) da professora, com exceção de um resumo expandido, encontra-se no escopo das relações étnico-raciais, gênero e movimentos sociais. Neste quesito, destacamos alguns trabalhos em colaboração com orientações advindas da sua atuação no Curso de Biblioteconomia na UFC Cariri: “Grupos de Pesquisa sobre relações raciais no Diretório do CNPq” com Nicácia Lina do Carmo; “Etnografia do bullying racial na escola: um olhar da biblioteconomia e da ciência da informação” (2016) com Maria Josilânia da Silva; “O lugar da biblioteca universitária na implementação da lei 10.639/03 nos cursos de história e pedagogia” (2015) com Dávila Maria Feitosa da Silva e Maria Cleide Rodrigues Bernardino; e, “A produção científica sobre os (as) negros nos Enancibs sob um olhar cientométrico” (2012) com Erinaldo Dias Valério e Maria Cleide Rodrigues Bernardino.
O mesmo direcionamento marca sua participação em bancas, na condição de orientadora ou examinadora, onde toda a sua participação foi em trabalhos sobre as questões étnico-raciais, de gênero e movimentos sociais.
No DGP encontramos 4 (quatro) grupos de pesquisa em que a pesquisadora atua: Núcleo Brasileiro, Latino Americano e Caribenho de estudos em relações raciais, gênero e movimentos sociais (UFC); Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direitos e Diversidades: Gênero, Etnia, Raça, Religião e Etnomúsica. (NEPEDDE) vinculado a Universidade de Mackenzie; SANKOFA - Núcleo de Estudos e Pesquisas em História e Memória da Escravidão e do Pós-Abolição (UESPI); e o Alaye - laboratório de pesquisa em informação antirracista e sujeitos informacionais (UFG). Todos ligados as questões de relações étnico-raciais, gênero, movimentos sociais, foco de sua área de pesquisa.
Tendo em vista sua formação e atuação em várias áreas do conhecimento, o recorte que nos interessa da trajetória de vida dessa pesquisadora para construção do Baobá Genealógico se refere ao período que esteve como professora na Universidade Federal do Ceará, nos níveis de graduação, especificamente em Biblioteconomia (2006-2013).

Professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais. Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no ano de 1993, com mestrado em Educação também na mesma instituição, concluindo no ano de 1996 e no ano de 2002 concluindo o doutorado, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
Ela também realizou dois pós-doutorados, o primeiro deles na Maison des Sciences d'Homme (2006-2007) e o segundo na Université Paris-Est Créteil Val-de-Marne (2018). Ingressa na UFMG como professora substituta, durante o período de 1995-1996, e em 1998 como professora efetiva sob o regime de dedicação exclusiva, vínculo que mantém até hoje. Coordena o Museu virtual - Saberes Plurais e o Laboratório de Culturas e Humanidades digitais (LabCult/ PPGCI/ UFMG).
Atua nos Programas de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCOM/UFMG) e Ci -
ência da Informação (PPGCI/UFMG) como membro permanente. Integra a Rede de Direitos Humanos da UFMG. Tem experiência na área de Ciência da Informação, Comunicação e Educação, com ênfase em tecnologias da informação e na produção de conteúdos relacionados aos direitos humanos e à preservação, registro e difusão da cultura popular e dos saberes tradicionais brasileiros.
A trajetória de vida acadêmica e profissional da pesquisadora Aparecida Moura evidenciam momentos em que percebemos seu compromisso com os problemas sociais que afetam a sociedade.
A professora foi a primeira professora titular negra da UFMG. Uma instituição que levou 85 anos para ter uma professora negra como titular em seu quadro de docentes, quadro esse que deveria causar estranheza, uma vez que vivemos em um país onde a maior parte da população, atualmente, declara-se como preta ou parda (população negra). Contudo entendemos que esta defasagem é reflexo do racismo estrutural e estruturante no Brasil e que Maria Aparecida Moura combate de forma exemplar, não apenas por ser um corpo negro ocupando esse espaço, mas também pelas ações, projetos que realiza, seja como professora ou por meio dos cargos administrativos que ocupa/ocupou na universidade.
Contudo, os passos de Maria Aparecida Moura, professora e pesquisadora negra, vem de longe: “Quando eu nasci, conta a minha avó que, ao invés de receber a tradicional palmada que provoca o choro da vida, fui colocada embaixo de uma bacia feita de folhas de Flandres sobre a qual tocaram até que eu chorasse. Desse modo, em meio à escuridão do desconhecido e diante desse primeiro gesto coletivo da linguagem do eco das mãos no Flandres, chorei e me apresentei à vida. Desde então, sempre que me lembro da história do meu nascimento vejo poesia, cultura e a linguagem das possibilidades e da sabedoria das pessoas comuns (MOURA, 2012, p. 1).
Relembra que foi a avó que com a sabedoria matuta a ensinou que “A educação e a dignidade são a riqueza do pobre, algo que ninguém jamais pode tirar de você” (MOURA, 2012, p. 1) e assim seguia para a escola onde exercitava a sua curiosidade e por não ter acesso às enciclopédias, que na época eram a fonte informacional mais indicada, Aparecida e seus colegas tinham nos seus vizinhos fontes de informação. Foi nesse período que a cientista começou a ter a biblioteca como “gênero de primeira necessidade” e a formar o seu acervo pessoal com os livros encontrados no lixo (MOURA, 2012).
Após graduar-se em Biblioteconomia (1993) fez o mestrado em Educação na UFMG, com a dissertação: Tecnologias da Informação e capacitação de trabalhadores em telecomunicação (1993). E, em 2002 concluiu o Doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com a tese Semiótica e Mediação digitais.
Interrompemos esse trilhar, para trazer a tona uma questão de extrema importância na vida de mulheres negras, apontado por essa protagonista, “a solidão” de traçar esse caminho em espaços, nesse caso o acadêmico, onde mulheres negras são vista com desconfiança e constantemente tendo que mostrar que seu trabalho é tão científico quanto outros. Por trabalhar com temas diversos que perpassam pela Ciência da Informação e pela Comunicação, alegações como “devido a uma falta de foco”, surgem como fruto dessa desconfiança com a qual cientistas negras ainda são vistas pela Academia.
Ao analisar o Currículo Lattes dessa pesquisadora, observamos que em sua atuação profissional, além da UFMG, destacamos a atuação em diversas instituições como professora visitante, orientadora e coorientadora, o que indica uma forte ligação da professora com a pesquisa científica.
As linhas de pesquisa a qual está vinculada são: Textualidades Mediáticas; Memória social, patrimônio e produção do conhecimento; e Semiótica e Novas mídias. As linhas de textualidades mediáticas e semiótica e novas mídias estabelecem um diálogo mais próximo entre si do que com a linha Memória social, patrimônio e produção do conhecimento, embora as três podem ser facilmente apropriadas pelo campo da Ciência da Informação.
Em seu currículo foram incluídos 18 projetos de pesquisa, onde destacamos: “Interseccionalidade e a organização social do conhecimento” (2020-Atual), onde se propõe estudar as possíveis relações entre organização da informação, dispositivos e epistemicídio; “A construção e a expressão de modos de existência éticos: transversalidade, relações de poder e conhecimento em Foucault” (2019-2020) onde tomou como referência as contribuições teóricas do Filósofo Michel Foucault em interface com os processos de representação interseccional do conhecimento nas temáticas gênero, raça, sexualidade e estudos feministas; “Perfil dos pesquisadores negros brasileiros (2005-2005) e Estudo de viabilidade para a criação do Curso de graduação em Ciência da Informação em Moçambique Pró-África / CNPq” (2005-2008). Dentre os projetos de extensão contabilizamos um total de 7 (sete), dos quais destacamos: “Programa Ações Afirmativas na UFMG” (2001- atual), “Programa Conexão de Saberes” (2011-atual) e “Saberes Plugados - Informação, juventude e tecnologias socais em rede” (2011–2013), ambos projetos trabalham com jovens, “pobres, negros e de classes populares” visando promover o acesso dos mesmo a culturas digitais e informacionais.
Em 2017 a professora recebe a homenagem pela relevante atuação em Belo Horizonte na luta contra o racismo, Câmara Municipal de Belo Horizonte - Vereadoras Áurea Carolina e Cida Falabella, a homenagem evidencia que a professora desempenha um papel marcante na luta contra o racismo.
Sua produção bibliográfica é vasta, com 64 artigos publicados em periódicos científicos, 35 capítulos de livros e 74 artigos publicados em anais de eventos, para citar uma parte de sua publicação. Sua produção em diferentes temáticas, como apontou, denotam um pertencimento da professora ao campo da Ciência da Informação, que ao lidar com os problemas sociais que afetam negras e negros os transversaliza em suas várias práticas, seja de ensino, pesquisa e/ou extensão. Destacamos as produções: “Organização social do conhecimento e performatividade de gênero: dispositivos, regimes de saber e relações de poder” (2018); “Informação e cultura política: desafios para a formação humana no campo da biblioteconomia (2018); “Intersectionality and the social construction of Knowledge Organization” (2018); “Educação, ação extensionista e as políticas de promoção da igualdade racial no Brasil: desafios e perspectivas” (2014); “Por uma cidadania radical” (2005) e “As políticas de ação afirmativa no contexto da sociedade da informação. Afirmando direitos: Acesso e permanência de jovens negros na universidade” (2004).
No DGP encontramos 2 (dois) grupos de pesquisa em que a pesquisadora atua: Coragem - Grupo de Pesquisa em Comunicação, Raça e Gênero (UFMG) e o #FOLKCoLAB - Colaboratório de pesquisas e práticas sobre Folksonomia e Sistemas Híbridos de Organização do Conhecimento (UFRJ). Ambos estão ligados aos programas de pós-graduação que faz parte, Comunicação e Ciência da Informação.
Referência
MOURA, Maria Aparecida. A poética das folhas de flandres: notas (a/e)fetivas de uma cidadania forjada entre muros. Memorial apresentado à banca de professora titular da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, 2012.
Maria Aparecida Moura

Graduada em Licenciatura em Letras Vernáculas (1975-1979), pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, iniciou sua trajetória no campo da Educação, onde se especializou em Pesquisa Educacionais (1988-1998).
Fez o mestrado em Biblioteconomia, concluído no ano de 1994, e no doutorado retorna à Educação, concluído no ano 1998 com a tese Discursiva e Construção do Sentido na Sala de Aula. Em 2014 retorna de Barcelona, onde realizou seu estágio pós-doutoral na Universidade de Barcelona.
Em sua atuação profissional, vinculou-se a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, durante o período de 1987 a 2012, e também a
Universidade Federal da Paraíba de 1999 até o ano de 2016 (quando se aposentou), onde foi fundadora a coordenadora do Grupo de Estudos Integrando Competências, Construindo Saberes, Formando Cientistas (GEINCOS) e posteriormente do Núcleo de Estudos em e Relações Étnico-Raciais (NEPIERE), quando começou a trabalhar de maneira mais enfática as questões étnico-raciais.
A Professora Mirian Aquino destaca-se em sua trajetória de vida, seu processo de formação pessoal e profissional, vindo desde as relações familiares, o princípio da vida acadêmica, a vivência como discente, chegando ao estágio da docência e pesquisa. Sendo a formação de professora-pesquisadora no ensino superior a causa da maior mudança em sua realidade.
Com base em seu currículo lattes é possível destacar que a professora Mirian Aquino possui um vasto acervo de produções, orientações acadêmicas entre graduação, mestrado e doutorado e de outras naturezas. Além de muitos trabalhos em grupos de pesquisa orientados e voltados para a temática de relações raciais, gênero e diversidade. Percebe-se nitidamente também o trânsito entre a área das letras e da ciência da informação, ao passo que a intelectual também tem formação, orientação e produção na área de educação e políticas educacionais.
Em suas linhas de pesquisa são apontadas quatro delas: Pesquisa, Ciência e Educação; Memória, Organização, Acesso e Uso da Informação; Estudos Culturais em Educação; e Informação, Cidadania e Memória. Onde é observável o pertencimento da professora a duas grandes áreas: Educação e Ciência da Informação, com ênfase nos usos das tecnologias de informação e comunicação.
Desde 1987 a pesquisadora participou de 15 projetos de pesquisa, alguns aprovados por mais de um período. Destes foi coordenadora de 13 deles, Contudo, como ela mesma relata na seção anterior, só em 2001, de fato, ela inicia um trabalho de investigação voltado para a temática étnico-racial. Nesse sentido, destacamos: “Trajetórias e contribuições dos Núcleos de Estudos da Mulher e Relações de Gênero integrantes da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre Mulher e Relações de Gênero-REDOR” (2012-2016); "Conhecimento Prudente para uma vida decente: uma análise da temática étnico-racial na produção de conhecimento em Ciência da Informação/Biblioteconomia -período-2000-2012” (2012-2016); Gênero e educação superior: políticas, narrativas e currículo (2012-2016); Processos de apropriação, organização, disseminação e democratização da informação no Movimento Negro da Paraíba (2010-2011); Ciência e Memória: (e)vidências da (in)visibilidade de negros/as de matriz africana nas imargens do discurso da produção de conhecimento da Universidade Federal da Paraíba (2009-2012); e “Informação e Diversidade Cultural: imagem do afrodescendente no discurso de inclusão social” (2004-2005). Todos no campo da Biblioteconomia e Ciência da Informação.
Na sua vasta produção bibliográfica, com 70 artigos publicados em periódicos, destacamos as produções sobre a produção científica sobre e por autores e autoras negras e negros, que representam uma quantidade significativa da sua produção no campo. Dentre elas destacamos: “A construção da identidade profissional de mulheres negras na carreira acadêmica de ensino superior” (2015); “A inclusão étnico-racial na era da informação” (2013); “Políticas de informação para inclusão de negros afrodescendentes a partir de uma nova compreensão da diversidade cultural” (2010) e “A ciência da informação: novos rumos sociais para um pensar reconstrutivo no mundo contemporâneo” (2007), essas individuais. Algumas em colaboração com suas orientandas e orientandos, ressaltamos: “Imagens de exclusão de negros/as em produção de conhecimento em universidades públicas” (2014) com Jobson Francisco da Silva Júnior e Ronhely Pereira Severo; “Práticas de organização e representação da informação étnico-racial em bibliotecas universitárias: necessidade de preservação da memória de negro” (2014) com Vanessa Alves Santana; “Fontes de informação na Web: apropriação, uso e disseminação da informação étnico-racial no movimento negro da Paraíba” (2014) com Leyde Klebia Rodrigues da Silva; “O conceito de informação étnico-racial na Ciência da Informação” (2012) com Henry Pôncio Cruz de Oliveira; “A (in)visibilidade de negros(as) na produção de conhecimento em programas de pós-graduação da UFPB” (2011) com Alba Lígia Almeida Silva e “A informação que circula sobre a política de cotas no ensino superior” (2010) com Izabel França de Lima.
Nos livros publicados/organizados salientamos os livros: “O campo da ciência da informação: Gênese, conexões e especificidades”, obra de grande importância para o campo da CI no Brasil (citada no capítulo 2 desta pesquisa). E o livro “A responsabilidade ético-social das universidades públicas e a educação da população negra”, fruto do “I Seminário a responsabilidade ético-social das universidades públicas e a educação da população negra”, sendo um evento de grande importância para a discussão das temáticas raciais na UFPB, que passou a envolver docentes e discente não só de todos os centro da UFPB, mas como de pessoas de diversas instituições de ensino do país.
No currículo da professora podemos observar, além da grande contribuição para os campos da Educação e Ciência da Informação, que a mesma pode ser apontada como uma das percussoras das discussões étnico-raciais na Ciência da Informação no país, tendo nos seus orientandos e orientandas a continuidade do seu trabalho e a difusão da temática para além da UFPB e para além do campo da informação. Mirian de Albuquerque Aquino realizou mais de 70 orientações, 72 no total sendo elas: 24 de mestrado, 8 de doutorado, 8 Trabalhos de conclusão de curso de graduação, 4 Monografias de conclusão de curso de aperfeiçoamento/especialização, 27 de iniciação científica e 1 orientação de outra natureza.
No Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP), mesmo aposentada, consta como pesquisadora honorária no grupo de pesquisa que fundou, e que ainda se mantém ativo, o “Grupo de Estudos Formando Competências, Construindo Saberes e Formando Cientistas (GEINCOS)”, agora coordenado pelas professoras Alba Cleide Calado Wanderley e Lebiam Tamar Gomes Silva, ambas suas ex-orientandas no Programa de Pós-Graduação em Educação, e que estão no grupo desde a sua formação inicial em 2008.